Hierarquia Taxonômica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Cactaceae
Gênero: Hylocereus
Espécie: Hylocereus undatus
Sinônimos Relevantes
Selenicereus undatus, Cereus undatus, Cereus tricostatus, Hylocereus tricostatus
Forma de Vida e Substrato
O Hylocereus undatus, conhecido como pitaia branca ou “Vietnamese White”, é um cacto de hábito trepador e escandente, frequentemente cultivado em sistemas de tutoramento. Ele se desenvolve como epífita em árvores ou como litófita, aderindo a superfícies rochosas com raízes adventícias. Seu caule é segmentado, com três margens bem definidas e espinhos pequenos. A espécie adapta-se bem a substratos bem drenados, ricos em matéria orgânica e com boa aeração, sendo essencial evitar encharcamentos. Cultiva-se principalmente em solos arenosos ou argilosos leves, com pH levemente ácido a neutro. Em ambientes naturais, prospera sob alta umidade relativa do ar e boa luminosidade, geralmente em regiões tropicais e subtropicais.
Descrição com campos controlados
Altura: pode atingir até 10 metros quando conduzido em estruturas verticais.
Caule: triangular, verde-claro, com margens onduladas e raízes aéreas.
Espinhos: pequenos, de 1 a 3 por areola.
Flores: grandes, brancas, noturnas, com até 35 cm, aromáticas.
Fruto: ovalado, com casca rosa-vibrante e escamas verdes; polpa branca, suculenta, com sementes pretas minúsculas; peso entre 200 g e 600 g por fruto.
Origem
A pitaia branca (Hylocereus undatus) é originária das florestas tropicais da América Central, especialmente de países como México, Nicarágua, Guatemala e Honduras. Nestas regiões, ela se desenvolve naturalmente em ambientes com alta umidade e boa incidência solar, crescendo sobre árvores e rochas. Seu cultivo foi amplamente expandido para outras regiões tropicais e subtropicais do mundo, com destaque para o Sudeste Asiático, onde o Vietnã tornou-se um dos maiores produtores mundiais da variedade “Vietnamese White”.
Endemismo
Embora nativa da América Central, a Hylocereus undatus não é considerada uma espécie endêmica, pois ocorre de forma natural em diversos países da região e foi amplamente difundida globalmente. Atualmente, é cultivada em larga escala em países tropicais e subtropicais ao redor do mundo, sendo naturalizada em muitos deles, incluindo o Brasil, onde encontra condições ideais para seu desenvolvimento.
Distribuição
A espécie Hylocereus undatus é cultivada em diversas partes do mundo, incluindo América do Sul, América Central, Sudeste Asiático, Israel, Austrália e regiões tropicais dos Estados Unidos. No Brasil, seu cultivo está disseminado em estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco e Paraná, sendo uma fruta exótica de crescente interesse comercial. É especialmente adaptada a climas quentes e úmidos, com boa tolerância à seca moderada e sensível a geadas intensas.
Domínios Fitogeográficos
No Brasil, a pitaia encontra-se cultivada nos domínios fitogeográficos da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, devido à sua adaptabilidade a diferentes condições climáticas e tipos de solo. Nas regiões de transição entre Cerrado e Mata Atlântica, especialmente, ela tem demonstrado ótimo desempenho produtivo. Em seu habitat natural, a espécie desenvolve-se em florestas tropicais úmidas, com vegetação densa e elevada biodiversidade.
Tipo de Vegetação
A vegetação original em que a pitaia ocorre inclui florestas tropicais úmidas e subtropicais. Apesar disso, adapta-se muito bem a áreas de cultivo em sistemas agrícolas, desde que haja suporte físico para sua escalada. Em regiões cultivadas, o tipo de vegetação pode variar, mas sua preferência é por ambientes bem iluminados e com boa circulação de ar. Em cultivo, é comum o uso de cercas vivas, estacas ou suportes verticais de concreto para condução dos ramos.
Nomes Vernáculos
Pitaia-branca, Fruta-do-dragão, Pitaya, Pitaia, Dragon Fruit, Night-blooming Cereus
Descrição Geral
A Pitaia-branca (Hylocereus undatus), também conhecida como Dragon Fruit, é uma cactácea trepadeira de crescimento vigoroso, caracterizada por caules suculentos de coloração verde, com margens onduladas e espinhos curtos. Suas flores são grandes, brancas e noturnas, exalando uma fragrância agradável. Os frutos são ovais, com casca rosa vibrante adornada por escamas verdes, e polpa branca repleta de pequenas sementes pretas. O sabor é suave e adocicado, lembrando uma mistura de melão e kiwi. Esta espécie é amplamente cultivada em regiões tropicais e subtropicais devido ao seu valor ornamental e frutífero.
Descrição das Sementes
As sementes da Pitaia-branca são pequenas, pretas e brilhantes, com formato oval. Elas estão distribuídas uniformemente na polpa branca do fruto e são comestíveis, conferindo uma textura crocante quando consumidas junto à polpa. As sementes possuem uma casca dura que protege o embrião, permitindo-lhes manter a viabilidade por períodos prolongados quando armazenadas em condições adequadas.
Requisitos de Crescimento
A Pitaia-branca prospera em climas tropicais e subtropicais, preferindo temperaturas entre 18°C e 28°C. Ela necessita de alta luminosidade, sendo ideal o cultivo sob sol pleno ou meia-sombra. O solo deve ser bem drenado, com pH entre 5,5 e 7,0, rico em matéria orgânica. Embora tolere períodos curtos de seca, a irrigação regular é essencial para um bom desenvolvimento, especialmente durante a floração e frutificação. A planta é sensível a geadas e temperaturas abaixo de 10°C podem prejudicar seu crescimento.
Tempo de Germinação
As sementes de Pitaia-branca geralmente germinam entre 3 a 9 dias após a semeadura, dependendo das condições ambientais. Temperaturas entre 20°C e 35°C favorecem uma germinação mais rápida e uniforme. A utilização de substratos bem drenados e mantidos úmidos, mas não encharcados, é crucial para o sucesso da germinação.
Tempo de Colheita
A primeira colheita de frutos ocorre geralmente entre 1 a 3 anos após o plantio, dependendo das condições de cultivo e do método de propagação. Após a floração, os frutos levam cerca de 30 a 50 dias para amadurecer. A colheita é realizada quando a casca do fruto adquire coloração rosa intensa e as escamas verdes começam a amarelar. Frutos maduros devem ser colhidos com cuidado para evitar danos.
Usos
A Pitaia-branca é consumida principalmente in natura, sendo apreciada por seu sabor suave e refrescante. Além disso, é utilizada na preparação de sucos, smoothies, saladas de frutas e sobremesas. Suas flores podem ser consumidas como vegetal ou utilizadas para fazer chá. As sementes possuem propriedades laxativas leves e são ricas em ácidos graxos essenciais. Estudos indicam que a fruta possui propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e pode auxiliar no controle de glicemia e colesterol.
Cuidados e Manutenção
Para um cultivo bem-sucedido da Pitaia-branca, é essencial fornecer suporte estrutural, como treliças ou estacas, para que a planta possa se apoiar e crescer verticalmente. A poda regular é recomendada para remover ramos danificados ou doentes e para estimular a ramificação, facilitando a colheita e melhorando a circulação de ar. A adubação deve ser equilibrada, com atenção para não fornecer excesso de nitrogênio, que pode favorecer o crescimento vegetativo em detrimento da frutificação. A irrigação deve ser ajustada conforme as condições climáticas, evitando o encharcamento do solo. Monitorar a presença de pragas e doenças é importante para manter a sanidade da planta.
Referências Bibliográficas
– https://www.giromagicactusandsucculents.com/hylocereus-undatus/
– https://en.wikipedia.org/wiki/Selenicereus_undatus
– https://edis.ifas.ufl.edu/publication/HS303
– https://www.gardenia.net/plant/hylocereus-undatus
– https://www.livinghouse.ca/news/title/how-to-care-for-dragon-fruit-cactus/